Talvez....
Talvez se eu tivesse...
Mas eu poderia....
Então não seria....
Talvez se você tivesse....
Mas poderia não ser...
Então não seria...
(...) assim vivemos
esperando que algo aconteça, ao invés de seguirmos em frente;
Talvez, sempre tem um
talvez...
Porque será que não
seguimos em frente...
E pensamos centenas de coisas, e o talvez
sempre presente...
Ao invés de sermos
melhores como pessoas, ficamos pensando que talvez aquela pessoa deveria mudar
seu comportamento;
Ao invés de tentarmos aceitar
as indiferenças que temos com algumas pessoas, achamos que talvez se aquela
pessoa agisse diferente seria muito melhor...
Porque “ talvez”, não nos
preocupamos com as pessoas, nos preocupamos com a reação delas sobre nós...
Não pensamos em uma forma
de ajuda-la, apenas achamos muito mais julga-la,
Dizer palavras que nem tão
pouco consolam-na, nem tão pouco servem para nada,
A não ser mostrar sua superioridade
sobre a outra pessoa;
Porque talvez, você se
sinta muito melhor do que ela, por ter mais conhecimento, mais experiência,
mais e mais...
Mas na verdade, você se empobrece por dentro,
porque se sente tão maduro para dar uma bronca do que dizer um conselho,
Você se sente muito mais
inteligente, ao procurar um defeito do que valorizar uma qualidade;
Você se sente muito mais potente,
tentando provar que eternamente essa pessoa dependerá de ti para o resto da
vida, ao invés de propor que ela pode ser muito mais feliz sem ti por perto e
crescer muito bem assim;
Você se sente o ego
supremo, por achar que auxiliar alguém é sinônimo de “ eu mando em você e você
deve me obedecer”
... talvez você não tenha
tanto conhecimento assim,
Talvez você não seja tão potente
como pensa,
Talvez você não seja tão maduro
assim...
E que precisa crescer
mentalmente, e que precisa aprender a entender o outro, e que as pessoas não
vivem e não são obrigadas a viver sob seu domínio.
Talvez se eu tivesse...(
tentado conversar)
Mas eu poderia....( não
entender)
Então não seria....(
assim)
Talvez se você tivesse....(
tentado conversar)
Mas poderia não ser...(
não entender)
Então não seria...( assim)
Não teríamos, discutido,
Como tantas vezes...
Mas, não sei se conseguiríamos
conversar,
Hoje não mais...
Antes, talvez...
Mas hoje não mais;
Acredito que o tempo vai
dizer,
Vai determinar,
Vai decidir por nós dois
Mas hoje não mais
Antes talvez...
Mas hoje não dá mais...
Hoje não posso mais;
Hoje não consigo mais;
Eu perdi minha fala,
Minha voz que se cala
E ausência dessa
sonoridade fonológica que produzia signos linguísticos ordenados e coordenados;
Hoje não mais...
Escreveria um livro de
lamentações, por ter decidido no fim, optar por não mais falar com você;
Mas parecia ser mais
sincero eu me calar;
Parecia mais honesto eu me
silenciar;
Seria muito mais
verdadeiro eu não tentar socar minha mão em ponta de faca
Talvez, eu entenderia
melhor, ou você se sentiria melhor com a minha ausência;
E hoje não mais...
Não consigo falar mais;
Não quero mais tentar;
Não é magoa, não é ressentimento;
Ou como diria Fernando
Pessoa:
“Não tenho ódios nem rancores”
Mas entenda, que um muro
esta crescendo a cada dia entre nós...
E não posso parar...
E hoje, ainda consigo te
ver do outro lado,
Mas daqui mais um tempo, não
te verei mais;
E dos dois lados do muro,
foram deixados um copo de cristal;
E o que iremos fazer???
O que decidiremos ???
Esse copo de cristal é
representativo,
Seria meu coração( do seu
lado do muro)
Seria seu coração ( do meu
lado do muro)
E todos os dias acredito,
pelo menos por mim, que esse copo está parado ali,
Eu nem o levei para um
lugar seguro, nem o quebrei...
Ele esta ali, sob os
ventos passageiros ( palavras soltas)
Sob a chuva temporária( minhas
lágrimas)
E hoje eu só queria ouvir
ou ler o poema resposta... com sua resposta
Mas talvez não será possível
(...) (...) (...)
Ps. aguardando poema-resposta.*
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