E do poeta eterno se extrai tão saudosa completude pura de tão
esmera poesia, que te dirias:
" de todo o meu amor serei atento, tanto e com tal zelo"
Mas dos retrocessos que a vida me destes, hoje só posso entoar que
"De todos meus desenganos serei atento, tantos e com tal desprezo"
Da tua lamentação colhida que se espera é essa sórdida desilusão;
E com sorte terei o prazer do seu desencontro de não -amor, não de
ódio,
mas desse sentimento perplexo de ser um desamor;
E como já dizia o poeta "a mesma mão que afaga, é a mesma que
apedreja"
Hoje te digo
"O mesmo amor que amas também ti desamas"
E assim parafraseio...
Esse tão esplêndido e replico Soneto de desilusão ou melhor de
enganação. ..
E assim o poeta já deixava escrito:
"Escarra nesta boca que te beija"
E hoje só te digo:
"Envenena-se com o veneno que despejas"
É esse soneto de solidão, não. ..é esse mesmo soneto de
fidelidade, que és deste
também a recriação de que se alimenta da mesma essência. ..é esse
tão somente um
Soneto de Enganação
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